Festival
Dezindie
2006
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2007
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2011
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2012
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2013
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Uma breve história do Festival
Dezindie
O Festival Dezindie, originalmente conhecido como Dezembro Independente, é uma das iniciativas culturais mais antigas e significativas de Mogi das Cruzes e região, dedicado a promover as expressões artísticas independentes. Com um foco que vai além da música, incluindo diversas formas de artes, o Dezindie se tornou uma parte importante do cenário cultural local, promovendo a diversidade artística e fomentando a criatividade em suas edições. A história do festival começou em 2006, quando a primeira edição foi realizada na casa de shows Zero Grau, próxima à Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Naquela época, a Zero Grau era um local vibrante de encontro para artistas e público, embora hoje tenha se transformado em um estacionamento. Desde seu início, o festival atraiu um público entusiasta da música independente, plantando as sementes para um evento que cresceria e evoluiria significativamente.
Com o passar do tempo, a população carinhosamente apelidou o festival de “Dezindie”, uma junção de “Dezembro” e “Independente”. Reconhecendo a força e a popularidade desse nome, os organizadores decidiram adotá-lo oficialmente. Essa mudança não foi apenas nominal, mas permitiu uma flexibilidade maior na organização do evento, que deixou de ser realizado exclusivamente em dezembro, abrindo novas possibilidades de datas e formatos.
Ao longo de suas 13 edições, o Dezindie se consolidou como um evento que celebra a arte independente em suas diversas formas. A maioria das edições foi gratuita e realizada em espaços públicos, democratizando o acesso à cultura e incentivando a participação da comunidade. Em um dos momentos desafiadores de sua história, durante o ano de 2011, o festival teve que ser transferido para Suzano devido à falta de apoio do secretário de cultura da época em Mogi das Cruzes. Essa edição, conhecida como “Pisando no Caqui”, uma referência ao símbolo da cidade, destacou a capacidade de adaptação e resiliência dos organizadores.
Durante suas edições, o Dezindie apresentou quase 200 atrações musicais, envolvendo aproximadamente 800 músicos, musicistas e produtores. O festival sempre priorizou grupos locais de Mogi das Cruzes e cidades vizinhas, com o objetivo de fomentar a cena cultural local. Além disso, promoveu um valioso intercâmbio cultural, enriquecendo a diversidade de sua programação e fortalecendo o laboratório criativo da região. Foram realizados mais de 15 debates com coletivos do estado de São Paulo, organizações e movimentos sociais, com a participação de mais de 100 pessoas apresentando suas iniciativas. O festival também promoveu mais de 8 exposições e contou com mais de 250 expositores nas feiras de artes. Apresentou 10 grupos teatrais com 25 atores envolvidos e realizou 20 exibições de curta-metragem. Em quase todas as edições, foram oferecidos cachês ou ajudas de custo, contribuindo com a distribuição de aproximadamente 100 mil reais em cachês. O festival ajudou a movimentar recursos financeiros para os expositores com suas vendas, que ficavam integralmente para os artistas. As edições gratuitas geraram impactos econômicos significativos, enquanto as realizadas em espaços privados mantiveram preços populares. Além disso, houve uma movimentação considerável na venda de comida e bebida nos estabelecimentos próximos aos locais de algumas edições.
Embora a música fosse o foco principal nas primeiras edições, o festival sempre integrou diversas formas de arte. A partir da sexta edição, essa integração tornou-se mais evidente, incorporando artes cênicas, visuais, audiovisual, literatura e outras expressões artísticas. Essa abordagem multidisciplinar ampliou o alcance e o impacto do evento, transformando-o em um verdadeiro festival de artes integradas.
O Dezindie se destacou por valorizar artistas independentes que operam fora dos grandes circuitos de shows. Funcionando como um laboratório criativo, o festival tornou-se um ponto de resistência cultural, revelando e dando visibilidade a novos talentos. Esse compromisso com a independência artística alinhou o Dezindie com outras iniciativas de festivais independentes que surgiram no início dos anos 2000.
Com um público total de mais de 15 mil pessoas ao longo dos anos, e cerca de 3.500 visualizações online durante a edição da pandemia, o Dezindie é um dos projetos culturais mais duradouros da região. Organizado pela Associação Poranduba, fundada em 2005, o festival não só promoveu a cultura, mas também formou muitos produtores locais que continuam a contribuir para o cenário cultural.
Além das apresentações artísticas, o Dezindie sempre promoveu oficinas e debates sociais, trazendo uma perspectiva educativa e de diálogo para sua programação. Desde a sua primeira edição, esses encontros culturais e sociais tornaram-se uma marca registrada do festival.
Hoje, o Festival Dezindie é reconhecido como uma das mais antigas iniciativas de artes integradas de Mogi das Cruzes e região, continuando a inspirar e apoiar novas gerações de artistas e público.