Primeira Parte – SÚCUBO.
Ontem, imaginei-me súcubo.
Espreitando teu sono na véspera de uma tola meia noite.
Percorrendo cada desgraçado contorno que teu corpo faria despido na cama.
Na surdina.
Invisível.
Cada espaço vago.
Cada curva.
Por duas ou três vezes.
Passaria minha boca na pele e guardaria inflamado nas narinas o seu cheiro.
Súcubo.
Outro dia, pensando que diabo consegue a lua mesmo num torto fio de vida ainda chamar a atenção, pensei: porque não me notas?
Idiota.
Ri.
Imagina?
Gargalhei-me por horas.
Tu, despido no meu colo como uma miragem.
Súcubo.
Ando montado num demônio.
Menino, que sorte tens de eu não ser um mago egoísta.