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A festa
“E ai virou meio que uma tradição, né. Todo mês a gente comemorava aniversário, chamava bandas e fazia discotecagem”, conta Camila.
“A gente queria quebrar essa ideia de que o Rock é feito só para roqueiros, trazer bandas autorais, misturar isso com uma festa com discotecagem democrática, música popular e gêneros variados. Desconstruindo essa ideia de que as pessoas de diferentes tribos não podem conviver em um ambiente em que rolasse ambas as músicas, se conhecerem e se tornarem amigas.”ㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ
Camila conta que muita gente acabou conhecendo a cena independente através da festa.ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤ
“Tem muita gente que ia na Festa dos Virgens e começou a ficar apaixonada por coisas diferentes. Gente que começou a se apaixonar por bandas, seguir nas redes sociais, frequentar shows e curtir ver artista em palco. Muito porque nunca haviam tido a oportunidade. Tinham até um pouco de preconceito… ‘Ah, vou num lugar que toca rock, não vou ser bem aceito’ porque isso rola muito né, essa discriminação. Então foi pra criar esse ambiente mesmo, onde o pessoal pudesse ter essa troca legal e ter contato com banda autoral da cena independente.”
“Depois de um ano da primeira festa, vai ser meu aniversário de novo, só que dessa vez dentro do meu bar, que a gente teve muito trabalho e que a gente demorou muito pra construir. O palco foi feito por mim, por minhas amigas, pelo André. Aquelas paredes foram pintadas por nós, o piso arrecadado por nós… então vai ser outra fita. Vai ser a Festa dos Virgens em um bar de muita resistência. E o bar não tem nem três meses. E o rolê vai ser com bandas que amo, o Violet Soda e o Carbo. As expectativas são muito positivas e a Festa dos Virgens foi um estágio muito favorável pra mim. Um novo começo que fez eu me reescrever com 32 anos, criar outro intuito na vida, um outro caminho.”